segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Alunos que praticam esporte tiram melhores notas

Um estudo internacional comprovou: crianças que praticam esporte tiram notas melhores na escola.

Numa disputa de bola a criança exercita o corpo, mas também a concentração. Aprende a lidar com a competição, com os erros e acertos, se torna mais corajosa. Os exercícios ajudam a desenvolver a autoestima, o trabalho em equipe, a disciplina.

“Estimula o aluno a desenvolver a atenção, a concentração”, explica o coordenador do departamento de esportes Adilson Madeira.

André Furquim pratica esportes desde os 4 anos. Agora, que vai prestar vestibular de engenharia química consegue perceber os benefícios que os exercícios trouxeram para o aprendizado.

“Ajuda a te trazer muito mais foco na hora de estudar; você sabe o que é mais importante, o que não é; o pensamento rápido para o entendimento das questões”, acredita o jovem.

Uma pesquisa britânica acaba de comprovar que crianças que praticam exercícios têm melhor desempenho escolar. Os cientistas avaliaram o nível de atividade física de quase cinco mil meninos e meninas de 11 anos que durante uma semana usaram um acelerômetro, um leitor de movimento.

Os resultados mostraram que as crianças mais ativas fisicamente produziram melhores notas em matemática, inglês e ciências.

De acordo com o estudo, as crianças que praticam uma hora de atividade física podem melhorar seu desempenho acadêmico em até 1 ponto na média.

“Atividade física traz alguns benefícios que também está se comprovando por estudos. Por exemplo, o aumento da capacidade de memorização, a criança consegue entender melhor a aula, participar de uma escolinha de esporte, ter uma rotina de horário, implica também disciplina na hora de se preparar para uma prova, um exame, até para um vestibular”, afirma José Luis Zabeu, professor de medicina da PUC -Campinas

Leonardo de Paula pratica kung fu há seis anos e credita à luta o seu comportamento responsável diante dos estudos. “Até na hora mesmo de fazer prova fica muito mais  fácil de focar na pergunta e não no barulho ao lado”, conta o estudante de 11 anos.

FONTE: http://g1.globo.com

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Rússia fecha a Ginástica Rítmica da Gymnasiade com chave-de-ouro

Mais uma vez as russas mostraram supremacia na Ginástica Rítmica. No último dia da Gymnasiade 2013, elas subiram oito vezes ao pódio no individual.  Maça, Bola, Arco e Fita foram os aparelhos disputados nessa etapa final realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O Brasil também conseguiu conquistar uma medalha com a ginasta, Andressa Jardim, que levou o bronze na Fita, aparelho mais plástico da Ginástica Rítmica, que exige coordenação, leveza, agilidade e plasticidade dos atletas.

“Disputar um mundial com atletas da Rússia é maravilhoso, o nível é altíssimo, tanto que essa medalha de bronze para mim tem gosto de ouro, porque além da experiência conquistei o carinho do público, foi mais que perfeito. Acho que o intercâmbio que fiz em janeiro na Rússia, ficando na casa das atletas russas, e treinando com elas, foi genial, me ajudou muito a evoluir e tornar a Gymnasiade ainda mais competitiva” afirmou a atleta brasileira da Ginástica Rítmica, Andressa Jardim (15 anos), que treina no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre.

Segundo a técnica da Seleção Russa de Ginástica Rítmica, Nikolaeva Marina, um dos diferenciais das atletas é a carga horária de treinamento. “A nossa seleção treina doze vezes por semana, cerca de sete horas por dia. Então esperávamos esse resultado, esse grupo de meninas é líder do nosso campeonato nacional, e certamente retornarão ao Brasil, em 2016, ainda melhores, para disputar as Olimpíadas”, ressaltou Nikolaeva.

As russas Veronika Polikova e Iulia Bravikova dividiram os dois lugares mais altos do pódio nos quatro aparelhos em disputa. Veronika levou o ouro no Arco e na Bola, enquanto Iulia ficou com a primeira colocação na Fita e Maças. “Quando uma levava o ouro, a outra ficava com a prata, realmente fizeram exibições brilhantes, estamos muito felizes que tudo tenha dado certo” disse Nikolaeva.  Apenas as terceiras colocações foram ocupadas por outros Países, além do Brasil que ficou em terceiro lugar no aparelho Fita, também ficaram com o bronze, a Espanha no Arco, com Polina Berezina, e a Grécia, Kyriaki Alevrogianni (Bola e Maças). Também participaram da fase final por aparelhos: a Turquia, Cyprus e a Estônia.

“Essa foi a minha primeira vez no Brasil, e na Gymnasiade, estou extremamente contente com o resultado. Acabei de voltar de um Campeonato Internacional Júnior, na Itália, e também consegui a medalha de ouro lá, isso tudo só me estimula a seguir em frente na carreira de ginasta, e poder brilhar ainda mais pelo meu país” disse a atleta russa, de 14 anos, Veronika Polikova.  A companheira dela na seleção russa, Iulia Bravikova, também coleciona grandes títulos, como o de atual campeã russa, e apesar da pouca idade também tem experiências em outras competições internacionais. “Acabei de voltar de um campeonato no Japão, onde também fiquei com o ouro, e pela vivência que tenho fora do meu país, só posso elogiar a organização da Gymnasiade, e principalmente a recepção do público, foi muito especial viver esse momento, com vários países competindo lado a lado em harmonia, sem perder o espírito de competição, adorei o Brasil” concluiu a ginasta, Iulia.       

Para a Presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende, a impressão foi à mesma das russas. “Conseguimos realizar esse evento com todo o padrão internacional exigido para a ginástica, em todas as suas vertentes. Estou muito satisfeita. A Gymnasiade serviu de avaliação para as Olimpíadas de 2016, e certamente veremos vários dos atletas que participaram desse evento, representando o Brasil no Rio de Janeiro. Sem dúvidas, essa renovação está sendo de extrema importância para o crescimento da nossa modalidade” salientou Luciene. A Gymnasiade 2013 reuniu em Brasília, desde o dia 28 de novembro, cerca de dois mil atletas, com idade entre 14 e 17 anos, representando 35 países, em oito modalidades.

Algo incomum aproxima duas gerações da Ginástica Artística

Quase trinta anos separam uma história incomum da Ginástica Artística na Gymnasiade. A brasileira e árbitra internacional da Ginástica Artística, Jaqueline Pires, hoje com 48 anos de idade, foi campeã da Gymnasiade, em 1982, na prova de Salto, disputada na França, mesmo aparelho em que a ginasta brasileira, Rebeca Andrade levou o ouro, durante a etapa individual realizada ontem (02 de dezembro). “Fiquei super feliz em fazer parte desse momento, em ver a Rebeca conquistando o mesmo título que atingi naquela ocasião, lembro que desbanquei a favorita da competição, uma Romena, com um Thukahara com Pirueta, salto de grande dificuldade para a época, e que inclusive, até hoje, poucas atletas conseguem executar” recordou a ex-ginasta da Seleção Brasileira, Jaqueline Pires (CREF_002967_G/DF), que atualmente além de árbitra internacional da modalidade, é formada em Educação Física e trabalha na Secretaria de Educação do Distrito Federal.

“Não imagino como era treinar naquela época, mas acho que não devia ser fácil, achei muito legal saber que uma ginasta brasileira, de outra geração, conquistou a mesma medalha que consegui agora, fiquei feliz em poder repetir esse feito” salientou a campeã do Salto na Gymnasiade 2013, Rebeca Andrade (14 anos). Segundo, Jaqueline, a Ginástica evoluiu muito em quatro décadas.

 “Comecei na Ginástica Artística com oito anos, e nunca mais parei, costumo dizer que as minhas duas paixões são a minha família e a ginástica. Nesses 40 anos que vivo e respiro esse esporte, acompanhei diversos momentos do esporte no Brasil e no mundo, e consigo notar claramente as mudanças. Quando comecei fui selecionada numa peneira realizada na minha escola, eram 500 inscritos e apenas eu e mais dois conseguimos uma bolsa para treinar na Gama Filho, na cidade do Rio de Janeiro, aonde nasci. Quando chovia treinávamos em meio às goteiras do ginásio, os tapetes eram mais finos, tudo era bem diferente, acho que o Brasil evoluiu muito. Hoje temos aparelhagem de ponta e bastante técnica, além da nossa atual presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende, nos dar toda força para evoluir” ressaltou Jaqueline.

Ainda para à ex-ginasta, o brilho da nova geração promete boas surpresas nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. “Tenho certeza que o evento será cheio de conquistas para a Seleção Brasileira, estamos com um grupo muito bom, no feminino somos muito fortes no salto e no solo, já no masculino temos as argolas com o Arthur Zanetti, e o solo com o Diego Hypólito, certamente estamos vivendo um bom momento do esporte no País”, disse Jaqueline que atualmente trabalha pela Secretaria de Educação do Distrito Federal, buscando talentos nas escolas públicas de Brasília.


“É aonde mais encontramos promessas da Ginástica Artística, costumo selecionar os melhores e levar para treinar no ASBAC, aonde divido uma academia de ginástica com o meu sócio, os resultados dessa busca têm sido excelentes, há pouco tempo, conquistamos a primeira colocação no Campeonato Brasileiro, pré-infantil, em Aracaju. Os garotos oriundos dessas escolas públicas costumam abraçar com toda força a chance de ser um ginasta profissional e sempre obtemos grandes respostas. Mudei-me para o DF justamente para trabalhar nessa vertente, e fico feliz em ver tudo dando certo. Aqui no DF construí a minha família, tenho marido e filhos e também vivo o meu trabalho intensamente, mas ainda conservo amigos no Rio de Janeiro, que começaram comigo no esporte, e acompanham o meu trabalho, inclusive, uma delas foi a minha madrinha de casamento, e também é árbitra da modalidade, então sempre nos encontramos em campeonatos, e podemos desfrutar das boas lembranças. É muito bom viver a cada dia uma nova emoção na Ginástica Artística” concluiu Jaqueline.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Dobradinha brasileira no pódio da Ginástica Olímpica



A semana começou com dobradinha brasileira no pódio da Ginástica Olímpica. No individual por aparelho, o Brasil dominou a prova de Salto, Rebeca Andrade levou o ouro e Mariana Oliveira ficou com o bronze, a vice - colocação foi da russa, Alla Sosnitskaya.  A Gymnasiade 2013 está reunindo em Brasília, desde o dia 28 de novembro até 03 de dezembro, cerca de dois mil atletas, com idade entre 14 e 17 anos, representando 35 países, em oito modalidades.

Força, flexibilidade e coordenação motora foram as principais ferramentas das brasileiras que disputaram a fase final do Salto, com ginastas oriundas da Inglaterra, Rússia, Hungria e Grécia. “Entrei como favorita nessa prova, e fiquei feliz em poder corresponder à expectativa de todos, é um grande orgulho poder fazer parte dessa nova geração de talentos da ginástica olímpica. Acho que melhorei muito em relação ao ano passado, esse foi o meu primeiro mundial, e portanto uma conquista marcante em minha vida. Já estou sonhando com as olimpíadas de 2016” afirmou a ginasta brasileira, de 14 anos, Rebeca Andrade, atleta do Flamengo, clube em que os irmãos Diego e Daniele Hypólito começaram a carreira na Ginástica Olímpica.

Já a brasileira que ficou com a terceira colocação, Mariana Oliveira (15 anos), treina em Curitiba, no Centro de Excelência de Ginástica (Cegin), ao lado de Daniele Hypólito e de Jade Barbosa, duas referências da modalidade no Brasil. “A Dani e a Jade são como duas mães para mim, estão sempre nos treinos me orientando, dando várias dicas e torcendo pelo meu sucesso, é muito bom treinar ao lado do ídolo e ter em quem se espelhar, sou fã da Jade, e sei que ela tem um carinho especial por mim e ficará muito feliz em saber que medalhei no mundial escolar. Estou muito contente”  disse Mariana.

A única estrangeira que dividiu o pódio com as brasileiras, Rebeca e Mariana, é oriunda de um dos países de maior tradição na modalidade, a Rússia, que na história da Ginástica Olímpica soma o maior número de medalhas em Jogos Olímpicos. “Foi bom viver essa experiência com as estrangeiras, a russa foi muito bem no Salto. A competição foi dura, teve um excelente nível técnico, acho que somos todas vitoriosas por chegar a final” ressaltou Rebeca.

Cinco aparelhos estiveram em disputa nessa segunda-feira (02/12), Solo (masculino), Salto (feminino), Cavalo (masculino), Barras Assimétricas (feminino) e Argolas (masculino). Além da prova de Salto, o Brasil disputou também a final nas Barras Assimétricas, com Flávia Saraiva, que ficou em 6°lugar. As primeiras colocadas da prova foram: a húngara, Noemi Makra (ouro), a francesa, Loan His (prata) e a inglesa, Elissa Downie (bronze).

Nas Argolas, o russo, Artur Dalaloyan, levou o ouro, ao superar os ingleses: Nile Wilson (prata) e Jay Thompson (bronze). No Cavalo o atleta do Cyprus, Marios Georgiou ficou com a primeira colocação, seguido pelos ingleses: Nile Wilson (prata) e Joe Fraser (bronze).  Já no Solo, o ouro foi do inglês, Giarnni Reginimoran, a vice – colocação ficou por conta do húngaro, Botond Kardos, e o terceiro lugar foi conquistado pelo ginasta da China Taipei, Tang Chiahung.

A Gymnasiade 2013 envolve as modalidades de: Natação, Xadrez, Judô, Karatê, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Aeróbica e Atletismo. Confira a programação dos jogos e mais informações no site oficial do evento – gymnasiade-brasilia2013.com – e na Fan Page Gymnasiade Brasília 2013.

A 15ª. Gymnasiade tem direção Federação Internacional de Esporte Escolar (ISF), realização da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) e apoio do Ministério do Esporte (ME) e do Governo do Distrito Federal (GDF).

Brasília encanta participantes da Gymnasiade 2013

Ponte JK, Torre Digital e Congresso Nacional. Esses lugares estarão para sempre marcados na memória dos jovens atletas participantes da Gymnasiade 2013, realizada em Brasília, até o dia 03/12.
Nesse domingo (01/12), a garotada teve a oportunidade de fazer um passeio turístico pela cidade no Dia Cultural da Gymansiade. Além das medalhas, os jovens, com idade entre 14 e 17 anos, oriuendos de 35 países, vão levar de volta à terra natal as descobertas realizadas na capital brasileira.

“O que gostei mais durante o passeio foi a Torre Digital. Achei genial e deu para observar que a cidade é super organizada, além de ter um povo muito amigável e lindo. Gostaria muito de retornar ao Brasil e trazer a minha família e namorada para apresentar Brasília a eles e também percorrer outras belas cidades, como Rio de Janeiro e Natal, que conhecemos apenas por fotos” afirmou o carateca do Suriname, Shiva Rohid, de 17 anos.

Para a turma da Finlândia, a impressão não foi diferente. “Nosso grupo ficou bastante encantado com tudo, mas particularmente, o que mais chamou atenção foi o Congresso Nacional devido a sua imponência. A temperatura na cidade é maravilhosa e as pessoas são mais abertas do que no nosso país. Pena que a maioria só fala português, porque a minha vontade era de sair interagindo com todo mundo”, destacou a nadadora finlandesa, Eloranta Emilia.

Os turcos chegaram ao refeitório animados após o passeio. “Parece que é um novo mundo, tudo é diferente, adorei a Ponte JK, muito bonita. Além disso, as plantas são mais verdes que na Turquia. O formato do rosto e a pela das pessoas são fascinantes. Acho que a única coisa a que não nos adaptamos tão bem foi a comida, totalmente diferente da nossa. Gostaria muito de voltar ao Brasil em outra ocasião, estou super feliz e surpreso com toda descoberta”, completou Ahmet Coskun, de 17 anos, da equipe de atletismo da Turquia.

Após o domingo livre, para o Dia Cultural, os atletas retomam as competições pela Gymnasiade 2013 nesta segunda e terça (02 e 03/12). São oitos modalidades em disputa - Natação, Xadrez, Judô, Karatê, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Aeróbica e Atletismo. E a entrada para o público é gratuita. Confira a programação dos jogos e mais informações no site oficial do evento – gymnasiade-brasilia2013.com – e na Fan Page Gymnasiade Brasília 2013.

sábado, 30 de novembro de 2013

Brasil conquista 19 medalhas no Karatê

Um japonês bem brasileiro. Assim pode ser definido o Karatê na Gymnasiade 2013, evento que está reunido em Brasília, entre os dias 28 de novembro e 03 de dezembro, cerca de dois mil atletas, com idade entre 14 e 17 anos, representando 35 países, em oito modalidades. Até o momento, o Karatê é a modalidade que o Brasil teve o melhor rendimento, atingindo o primeiro lugar no quadro geral de medalhas (kata e kumite). O País canarinho somou 19 medalhas no total, sendo sete de ouro, oito de prata e quatro de bronze. A vice-colocação ficou com a França que conquistou quatro medalhas, sendo todas de ouro, já a terceira posição foi dos mexicanos que levou oito medalhas (duas de prata e seis de bronze). 

Entre as 19 medalhas conquistadas pelo Brasil, dez foram no feminino, sendo oito no Kumite, e duas no Kata conquistadas por duas irmãs, Thainan Schopchaki (ouro) e Thwanna Schopchaki (prata). A vitória foi comemorada pelas duas como se não houvesse perdedora. “Essa conquista é nossa, qualquer uma que ganhasse seria merecido pelo que treinamos juntas” afirmou a campeã, Thainan, de 17 anos.

A irmã de 15 anos, vice-colocada, concorda com Thainan. “Praticamos o esporte unidas desde os meus dois anos de idade, e o melhor é que somos treinadas pelo nosso pai, somos vitoriosas por chegar aqui juntos”, salientou Thwanna, olhando para o pai, Erico Schopchaki, um dos técnicos da Seleção Brasileira de Karatê na Gymnasiade. “É um orgulho muito grande ver as duas na final, não só como técnico, mas também como um pai que contempla o sucesso dos seus filhos. Esse é um evento super importante porque é mundial e único para elas, por ser escolar e ocorrer de quatro em quatro anos, portanto elas não terão outra chance de disputar a competição e deixaram a marca delas aqui, mostrando um bom nível técnico” ressaltou Erico.

Já no Kumite, foi notória a atuação da campeã da categoria -59kg, Isabela Rainho, com apenas 15 anos e 55kg, a jovem desbancou três atletas, sendo duas mexicanas (3° e 4° lugar) e uma brasileira, que ficou com a vice-colocação, Isis Lira. “Acho que realmente sou magrinha para a categoria, mas sou forte e fui bastante apoiada pela torcida, principalmente contra as mexicanas, o que ajudou bastante, estou super feliz, difícil descrever o que estou sentindo agora, esse é o maior titulo da minha carreira até o momento” enfatizou a atleta paulista.

Outro destaque do campeonato foi o atleta, Breno Teixeira, que também levou o ouro no Kumite, -61kg, e chegou como favorito na Gymnasiade, após conquistar um título inédito no dia 08 de novembro, ao conquistar pela primeira vez na história do karatê, a primeira colocação no Campeonato Mundial Cadet, Junior, Sub-21,  em Guadalajara/Espanha. “Sabia que era favorito após esse título, mas não queria pensar besteira, entrar achando que poderia ser vencedor antes de competir, e correr o risco de errar, seria como jogar tudo fora, então tentei me manter firme, e consegui essa grande vitória na Gymnasiade. Como a minha vida escolar termina agora, essa medalha de ouro tem um gosto especial. Vou para faculdade, focar agora na seletiva para o Sul-Americano que vai acontecer em janeiro, e também no universitário 2014” disse Breno.

O jovem vai ingressar no próximo ano na faculdade de Engenharia Mecânica, e lamenta o fato do Brasil não ter suporte para sonhar em seguir uma carreira no Karatê. “Não pretendo deixar de treinar e competir, mas sei que não vou viver disso, não tenho patrocinadores, meu pai que financia as minhas viagens, material e treinamento, é complicado viver como atleta no Brasil. Acredito que também o que dificulta o crescimento desse esporte no País é o número de Federações que existem e não são oficiais, se existisse apenas uma, oficial, seria muito melhor”, concluiu Breno. O Karatê ainda sofre com a descentralização organizacional da modalidade, que possui várias ramificações. Apesar de existir desde o século XVIII e contar com mais de 20 milhões de praticantes no mundo, sendo um milhão apenas no Brasil, o karatê ainda não é reconhecido como um esporte olímpico.

A Gymnasiade 2013 envolve as modalidades de: Natação, Xadrez, Judô, Karatê, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Aeróbica e Atletismo. Confira a programação dos jogos e mais informações no site oficial do evento – gymnasiade-brasilia2013.com – e na Fan Page Gymnasiade Brasília 2013.
A 15ª. Gymnasiade tem direção Federação Internacional de Esporte Escolar (ISF), realização da Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) e apoio do Ministério do Esporte (ME) e do Governo do Distrito Federal (GDF).


Gymnasiade online para garotada

A juventude é protagonista da Gymnasiade 2013, realizada em Brasília, de 28/11 a 03/12. São 1,7mil participantes com idade entre 14 e 17 anos, representando 35 países, em oito modalidades.
Para contemplar o jovem público, não poderia faltar tecnologia. Por isso, o Comitê Organizador criou, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, um centro de convivência próximo ao refeitório dos atletas com diversos computadores conectados à internet.
O lugar tornou-se referencia para a garotada. Mesmo com idiomas, esportes e etnias diferentes, todos se reúnem em frente aos computadores: portugueses, chineses, italianos, franceses e brasileiros sentados lado a lado.
“É engraçado, hoje tinha um grupinho de chineses sentado ao meu lado e começaram a falar alto e rir, eu não entendi nada e cai na gargalhada também, então eles sorriram mais ainda, tentaram se comunicar comigo e ainda pediram o meu Facebook. Acho muito interessante esse espaço, principalmente porque gera essa interação que é super legal”, ressaltou a atleta brasileira de natação, Thayana Santos.
Outra situação bastante comum, principalmente entre os estrangeiros, é o uso da internet para matar saudade dos amigos e familiares. “A ligação telefônica do Brasil é muito cara e também quase não temos tempo para ligar. Como não consigo viver sem o Facebook, pois é onde consigo falar com a minha família e as minhas amigas, achei perfeito esse lugar. É genial, adorei”, afirmou a nadadora de Portugal, Rita Fernandes.
A Gymnasiade 2013 envolve disputas de Natação, Xadrez, Judô, Karatê, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica Aeróbica e Atletismo. Confira a programação dos jogos e mais informações no site oficial do evento – gymnasiade-brasilia2013.com – e na Fan Page Gymnasiade Brasília 2013.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Bahia sem piscina olímpica consegue levar atleta à Gymnasiade

Apenas uma baiana terá a honra de representar o Brasil no maior evento esportivo escolar do mundo, a Gymnasiade 2013 – Jogos Mundiais Escolares, que acontece em Brasília, entre os dias 28 de novembro a 03 de dezembro de 2013. O evento está reunindo na capital federal os melhores atletas/estudantes com faixa etária entre 14 e 17 anos, de 40 países, nas modalidades de atletismo, ginásticas aeróbica, artística e rítmica, natação, judô, karatê e xadrez.

O irônico é que a única promessa nacional que está carregando a bandeira da Bahia no peito durante a Gymnasiade veio justamente de um esporte que conta com uma das piores estruturas no Estado, a natação. A atleta do Colégio Salesiano do Salvador,Thayana Taynara Andrade, está entre as doze melhores nadadoras do País na categoria. Mas diferente da maioria dos desportistas que conseguiram esse feito, a pequena Thayana (15 anos), treina diariamente numa piscina de 25 metros, na escola que estuda, e apesar disso já coleciona títulos de gente grande, como o de vice-campeã brasileira infantil e recordista baiana na prova de 100m borboleta. “Não é fácil treinar na piscina de 25m e competir na piscina oficial de 50m, o ritmo é outro, e acabamos em desvantagem em relação às atletas que contam com esse recurso” afirmou Thayana.

Não é por escolha própria que a jovem nadadora treina numa piscina de 25m, mas por falta de opção no Estado. A Bahia é o maior estado nordestino e o quinto maior do Brasil, com 417 municípios, mas apesar da extensão, atualmente não tem uma piscina oficial pública, contando apenas com uma piscina olímpica privada, localizada no SESI de Valença-BA, município situado a 280 km de Salvador.

Após o acidente ocorrido no Estádio da Fonte Nova, durante o jogo do Bahia X Vila Nova, em novembro de 2007, quando sete pessoas morreram, o Estádio foi imediatamente interditado. E assim como ele, em maio de 2010, a única Vila Olímpica da Bahia, que funcionava nas dependências da Fonte Nova, foi desativada, e três meses depois demolida junto com o estádio, hoje a Nova Arena Fonte Nova está pronta para a Copa do Mundo de 2014. Porém, a área era muito mais que o palco do futebol para a capital baiana, era também o local que abrigava dezenas de modalidades esportivas, abraçava três mil alunos gratuitamente há quase 20 anos, além de atletas e paratletas de alto rendimento. Uma das maiores perdas para a cidade foi à piscina de 50 metros, a última com medidas oficiais que ainda havia na cidade, com isso Salvador se tornou a única grande capital do Brasil sem uma piscina olímpica.

“Não é fácil viver essa realidade, esse descaso do poder público com o esporte baiano, hoje a natação da Bahia está resumida às escolas, pois os clubes que existiam faliram e fecharam as portas, e não há políticas públicas para o desporto baiano. Já fizemos manifestações solicitando aos governantes melhorias, e a construção de uma piscina olímpica para os nossos atletas, mas ficamos apenas com promessas enferrujadas. E hoje o pulmão da natação na Bahia é a escola particular, que ainda sustenta o esporte com suas piscinas semi-olímpicas”, afirmou o técnico do Colégio Salesiano do Salvador, Fábio Seixas, que está acompanhando a atleta, Thayana Taynara no Gymnasiade.



O projeto da Piscina Olímpica de Salvador, que substituiria o complexo da Fonte Nova, foi lançado em 22 de setembro de 2009. O projeto contempla uma área de 5.900m quadrados na Av. Bonocô, em Salvador e foi avaliado em quatro milhões e 500 mil reais, devendo possuir toda a infra-estrutura capaz de abrigar competições a nível nacional e internacional, porém até hoje não é notória uma grande evolução do equipamento, que tinha prazo de entrega de menos de um ano.


Com as condições atuais da capital soteropolitana, atletas como Thayana Taynara, encontram na escola seu maior alicerce. E o Estado, que já teve grandes nomes da natação brilhando no cenário internacional, como Edvaldo Valério, medalhista olímpico durante os Jogos Olímpicos de Sydney, em 2000, ver a sua safra sendo reduzida por falta de apoio e equipamento adequado. “Em Salvador, atualmente todo mundo acaba aderindo ao mar por falta de piscina, não quero isso. No meio de tantos obstáculos que vivo na Bahia, me sinto uma vitoriosa, só pelo fato de estar aqui, e vou lutar com todas as minhas forças para trazer uma medalha para o meu País, não posso desperdiçar essa chance.” ressaltou Thayana.


Com a falta de piscinas olímpicas, o mar é a única opção na Bahia, que passou a revelar constantemente atletas de maratonas aquáticas, como Ana Marcela Cunha, a única brasileira na história a conquistar uma medalha de ouro num mundial da Federação Internacional de Natação, e Allan do Carmo, 3º Colocado na Copa do Mundo de Maratonas 2010. Um dos poucos atletas locais que é destaque nas piscinas internacionais, o nadador Luis Rogério Arapiraca, também mostrou recentemente que está perfeitamente adaptado ao mar, após ser bicampeão na prova mais tradicional de maratonas do país, a Travessia dos Fortes.
“Não é por acaso que estou na Gymnasiade, preciso mostrar a todos que não podemos entregar os pontos, se amamos a natação na piscina, temos que lutar por isso, e não precisar sair do Estado e abandonar a família, ou correr para o mar para continuar fazendo o que amamos, podemos superar tudo isso. Através do esporte escolar o poder público pode ver os talentos se despontando mundialmente, e investir no alto rendimento, para que mais tarde, a gente também possa continuar se destacando em outras categorias, vivendo na Bahia, e honrando o nosso Estado” concluiu Thayana Taynara.